domingo, 6 de julho de 2008

DOENÇAS NA GENGIVA E NOS DENTES

GENGIVITE

O que é gengivite?
A gengivite é uma inflamação da gengiva que pode progredir e atingir o osso alveolar. É este que envolve e segura os dentes. É causada pela placa bacteriana ou biofilme dental, uma película incolor e pegajosa que se forma continuamente nos dentes. Se não for removida diariamente por meio da
escovação e do uso do fio dental, a placa bacteriana pode se formar e as bactérias nela contidas poderão infeccionar não apenas a gengiva e a região ao redor dos dentes, mas acabarão por atingir o tecido abaixo da gengiva e o osso que suporta os dentes. Isto pode fazer com que os dentes fiquem abalados, caiam ou tenham que ser removidos pelo dentista.
São três os estágios da gengivite:
Gengivite: este é o primeiro estágio da inflamação gengival causada pela placa bacteriana que se forma na margem da gengiva. Se a escovação e o uso do fio dental diariamente não forem suficientes para remover esta placa, ela produzirá toxinas (venenos) que podem irritar o tecido gengival, causando a gengivite. Você pode notar algum sangramento durante a escovação e o uso do fio dental. Neste primeiro estágio da doença, o dano pode ser revertido, desde que o osso e o tecido conjuntivo que seguram os dentes no lugar não tenham sido atingidos.
Periodontite: neste estágio, o osso e as fibras de sustentação que mantêm os dentes em posição são irreversivelmente danificados. Ao redor da sua gengiva pode começar a se formar uma bolsa que avança para baixo da gengiva e onde ficam armazenados os detritos e a placa bacteriana. O tratamento dentário adequado e a higiene bucal minuciosa em casa, em geral, podem ajudar a prevenir danos maiores.
Periodontite avançada: neste estágio final da doença, as fibras e os ossos de sustentação dos dentes estão destruídos, o que faz com que os dentes migrem ou mudem de lugar ou se tornem abalados ou móveis. Isto pode afetar sua mordida e, se o tratamento não for eficaz, você corre o risco de perder seus dentes.

Como saber se tenho gengivite?
A gengivite pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre os adultos. Se for detectada no seu estágio inicial, a gengivite pode ser revertida - portanto, visite seu dentista se notar qualquer um dos seguintes sintomas:
Gengivas vermelhas, intumescidas ou inchadas, ou flácidas.
Gengivas que sangram durante a escovação ou o uso do fio dental.
Dentes que parecem mais longos devido à retração da gengiva.
Gengivas que se separam ou se afastam dos dentes, criando uma bolsa.
Mudanças na forma como seus dentes se encaixam quando você morde.
Secreção de pus ao redor dos dentes e na bolsa gengival.
Mau hálito constante ou gosto ruim na boca.

Como é tratada a gengivite?
Os primeiros estágios da gengivite, de modo geral, podem ser revertidos por meio da
escovação e do uso de fio dental corretos. Uma boa saúde bucal ajudará a evitar que a placa se forme.
Uma limpeza profissional pelo seu dentista ou higienista é a única forma de remover a placa que se formou e endureceu, formando o tártaro. Seu dentista fará a limpeza ou raspagem de seus dentes para remover o tártaro acima e abaixo da linha da gengiva. Se o seu problema for muito sério, pode-se realizar um procedimento para aplainar a raiz nas suas partes mais profundas. Este procedimento ajuda a suavizar as irregularidades nas raízes dos dentes, dificultando o endurecimento da placa bacteriana.
Com consultas regulares, o estágio inicial da doença pode ser tratado antes que se torne um problema muito mais sério. Se seu problema for mais grave, será necessário fazer um tratamento no consultório dentário.
Obs: Quem usou aparelho dentário pode ter chances aumentadas de ter essa doença pela dificuldade em se fazer a limpeza correta dos dentes. Pessoal aconselho ir periodiamente ao dentista e fazer uma limpeza nos dentes para que estes retirem a placa, o tártaro grudado nos dentes q causam as bacterias causadoras dessa doença.
Os estudos mostram que muitas grávidas apresentam gengivite gravídica - quando a placa bacteriana se acumula nos dentes e inflama as gengivas. Os sintomas incluem gengivas avermelhadas, inflamadas e com hemorragia.
A gengivite gravídica ocorre mais frequentemente durante a gravidez devido ao aumento do nível de hormonas que potenciam a forma como as gengivas reagem a produtos inflamatórios da placa bacteriana. Contudo, é a placa bacteriana - e não as hormonas - que é a principal causa da gengivite.
Manter os seus dentes limpos, sobretudo junto à linha gengival, vai ajudar a reduzir drasticamente ou mesmo a prevenir a gengivite durante a gravidez . E substituir os doces por alimentos mais nutritivos, como o queijo, os frutos ou vegetais frescos é melhor para os seus dentes.

DENTE DO SISO

Os dentes do siso são uma fonte de preocupação para muita gente. Mas serão estes dentes uma real fonte de problema, ou apenas mais um dente comum? A resposta a esta questão não é, necessariamente, fácil!
O que são os dentes do siso?
Os dentes do siso são os últimos molares de cada lado dos maxilares, e erupcionam entre os 17 e os 21 anos, sendo por isso, os últimos dentes a erupcionar. Por esta razão não existe, em alguns casos, espaço suficiente para a sua erupção.
Fonte de preocupação? O dente do siso pode de facto ser problemático por algumas razões, nomeadamente:
• Falta de espaço para nascer, podendo por isso ficar encavalitado nos dentes da frente, nascer deitado ou na direcção da bochecha, ou ficar parcialmente erupcionado, com gengiva a recobrir parcialmente o dente.
• Dada a sua posição, torna-se um dente difícil de higienizar, e por isso mais propício à cárie dentária.No entanto, este dente pode também nascer na posição correcta na arcada dentária, não dando origem a qualquer tipo de problema, e devendo por isso ser encarado, e tratado como um dente comum.
Quando os sisos são um problema:
Em determinadas situações o dente do siso pode não erupcionar, e fica impactado no osso. Esta situação pode não originar qualquer sintoma, razão pela qual não deve gerar qualquer tipo de problema ou preocupação. No entanto pode também dar origem a problemas na raiz do dente seguinte que está a ser empurrado pelo siso, ou pode gerar abcessos, e pode ainda gerar apinhamentos dentários (dentes encavalitados) devido à pressão eruptiva do siso no dente seguinte.Noutras situações o dente pode erupcionar parcialmente, na posição correcta ou não, ficando parte do dente recoberto por gengiva. Esta situação tende gerar problemas, com mais frequência, do que se o dente não erupcionar de todo. Isto porque ao erupcionar parcialmente, gera-se uma zona propícia à acumulação de comida, e bactérias, gerando não só cárie no siso, e eventualmente no dente da frente, como também uma inflamação da gengiva que recobre o siso, o que leva normalmente a dor na região.Para além das situações descritas, os sisos acarretam ainda outro problema, que é a grande variedade que apresentam na sua anatomia, sendo difícil de prever, sem recurso à radiologia, o número de raízes ou de canais radiculares (onde está o nervo), dificultando por isso o já de si difícil (devido à sua localização) tratamento, razão pela qual normalmente não se fazem desvitalizações (salvo algumas excepções), ficando os tratamentos nestes dentes restringidos às restaurações ou à extracção.Durante a sua erupção, o dente do siso pode também gerar problemas, nomeadamente a inflamação da gengiva que o recobre, e mesmo dor de ouvido ou cabeça, dadas as relações nervosas existentes na zona.
A extracção:
A extracção destes dentes, é, algumas vezes, a única solução possível, seja devido à sua posição, a um processo de cárie, a uma inflamação crónica da gengiva, ou apenas por dor gerada pelo dente do siso.Este é um procedimento que geralmente provoca pânico na maior parte das pessoas. É verdade que podem existir cirurgias complicadas para a extracção de um siso, mas estes casos constituem apenas uma pequena percentagem das extracções efectuadas. A maior parte das vezes, ao contrário do que se pensa, é um procedimento relativamente simples feito com anestesia local, em que o dente é removido após a sua exposição caso esteja parcialmente erupcionado ou se ainda não tiver erupcionado. No caso de estar completamente erupcionado a extracção é feita como se de um dente normal se tratasse. Nos casos mais complicados poderá ser necessário dividir o dente, caso não exista espaço suficiente para o remover por inteiro.
Conselho do seu dentista:
Os dentes do siso desenvolvem-se entre os 17 e os 20 anos, assim sendo, para evitar problemas futuros, o seu crescimento deve ser vigiado (tal como o crescimento de todos os dentes da boca) pelo seu médico dentista, com recurso a radiografias panorâmicas, para avaliar a sua posição e erupção, já que em caso de haver um problema, a extracção destes dentes durante o seu desenvolvimento afigura-se mais fácil já que as raízes não se encontram totalmente formadas.

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